28/11/2008

EVIDÊNCIAS APONTAM PARA UM COMEÇO


Os astronautas emocionam-se ao fotografar a terra, que parece enorme quando vista através da janela de uma espaçonave.



Todas as estrelas que vemos estão na Via-Láctea. Até os anos 20 esta parecia ser a única galáxia existente. Mas provavelmente você sabe que em observações posteriores, com telescópios maiores, ficou provado que isso não é assim. O Universo contém pelo menos 50 bilhões de galáxias. Não são 50 bilhões de estrelas, mas pelo menos 50 bilhões de galáxias, cada qual com bilhões de estrelas semelhantes ao Sol. Mas não foi a quantidade estonteante de enormes galáxias que abalou as crenças científicas nos anos 20. Foi o fato de estarem todas em movimento.

Os astrônomos descobriram um fato notável: quando passaram luz galáctica através de um prisma, observou-se um ‘esticamento’ nas ondas luminosas indicando que se afastavam de Nós a grande velocidade. Quanto mais distante a galáxia, tanto mais rapidamente parecia afastar-se. Isso indica um Universo em expansão.

Mesmo sem sermos astrônomos profissionais ou amadores podemos ver que um Universo em expansão teria profundas implicações no nosso passado – e no nosso futuro pessoal. Alguma coisa forçosamente desencadeou esse processo – uma força suficientemente poderosa para vencer a imensa gravidade do Universo inteiro. É valido perguntar-nos: De que fonte viria uma energia tão poderosa?

Ainda que para a maioria dos cientistas o Universo tenha tido um começo bem pequeno e denso (uma singularidade), não podemos fugir desta questão fundamental: “Se em algum ponto no passado o Universo estava confinado a um estado singular de tamanho infinitamente pequeno e de infinita densidade, temos de perguntar o que havia ali antes e o que havia fora do Universo... Temos de encarar o problema de um começo” – Sir Bernard Lovell.

Isso envolve mais do que apenas uma fonte de vasta energia. Requer também previsão e inteligência, pois o ritmo de expansão parece estar ajustado com grande precisão. “Se o Universo tivesse se expandido uma trilionésima parte mais rápido”, disse Lovell, “toda a matéria no Universo já estaria dispersa agora... E se tivesse sido uma trilionésima parte mais lento, as forças gravitacionais teriam arruinado o Universo mais iu menos dentro de seu primeiro trilhão de anos de existência. De novo, não haveria estrelas de longa vida nem a própria vida”.

Tentativas de explicar o Começo

Será que os cientistas agora sabem explicar a origem do Universo? Muitos cientistas, não à vontade com a idéia de que o Universo possa ter sido Criado por uma inteligência superior, especulam que, por meio de algum processo, ele tenha criado a si mesmo do nada. Parece-lhe razoável isso? Tais especulações em geral envolvem alguma variação de uma teoria: a do Universo inflacionário, apresentada em1979 pelo Físico Alan Guth. (a teoria da inflação especula o que aconteceu após o começo do Universo). No entanto mais recentemente, o Dr. Guth admitiu que a sua teoria “não explica como o Universo surgiu do nada”.

O Dr. Andrei Linde foi mais explicito num artigo em Scientific American: “Explicar esta singularidade inicial – onde e quando tudo começou – ainda é o problema mais renitente da cosmologia moderna”.

Se os especialistas realmente não sabem explicar a origem nem o desenvolvimento primordial do Universo, não devemos procurar uma explicação em outra parte? De fato, você tem boas razoes para considerar evidencias que muitos têm despercebido, mas que lhe poderão dar uma boa compreensão deste assunto. Essas evidencias incluem as dimensões precisas de quatro forças fundamentais responsáveis por todas as propriedades e mudanças que afetam a matéria. A simples menção de forças fundamentais talvez leve alguns a hesitar, pensando: ‘Isso é coisa só para os físicos’. Não é. Vale a pena considerar os fatos básicos, pois nos afetam.



Quatro forças físicas fundamentais

1- Gravitação: uma força bem fraca em nível de átomos. Afeta objetos grandes – planetas, estrelas, galáxias.

2- Eletromagnetismo: a força principal de atração entre prótons e elétrons, permitindo a formação de moléculas. Os relâmpagos são uma das provas de sua força.

3- Força nuclear forte: a força que liga os prótons e os nêutrons entre si no núcleo de um átomo.

4- Força nuclear fraca: a força que governa a densidade de elementos radioativos e a eficiente atividade termonuclear do Sol.

Regulagem perfeita

As quatro forças fundamentais atuam tanto na vastidão do cosmos como na infinita pequenez das estruturas atômicas. Sim, tudo ao nosso redor está envolvido.

Elementos essenciais à vida (especialmente o carbono, o oxigênio e o ferro) não poderiam deixar de existir sem a regulagem perfeita entre as quatro forças manifestas Universo. Se a força eletromagnética fosse bem mais fraca, os elétrons não seriam mantidos ao redor do núcleo do átomo. ‘Seria grave isso?’ Há quem se pergunte. Seria, pois os átomos não poderiam ligar-se para formar moléculas. Inversamente, s e essa força fosse bem mais forte, os elétrons ficariam aprisionados no núcleo do átomo. Não haveria reação química entre os átomos, ou seja, não haveria vida. Já nesse aspecto fica claro que a nossa existência e a vida dependem da regulagem perfeita da eletromagnética.

E considere a escala cósmica: uma leve diferença na força eletromagnética afetaria o Sol, alterando assim a luz que atinge a Terra tornando difícil, ou impossível, a fotossíntese nas plantas. Mais uma vez, a regulagem perfeita da força eletromagnética torna possível a nossa vida.

A intensidade da força eletromagnética em relação às outras três igualmente vital. E se a gravidade fosse proporcionalmente mais forte uma estrela como o Sol teria a sua expectativa de vida drasticamente reduzida.

As duas forças nucleares

A estrutura do Universo envolve muito mais do que apenas regulagem perfeita da gravidade e da força eletromagnética. Duas outras forças físicas também se relacionam com a nossa vida. Essas duas forças operam no núcleo de um átomo, muito evidentemente fruto de projeto inteligente.

Considere a força nuclear forte, que liga os prótons e nêutrons entre si no núcleo do átomo. Graças a essa ligação podem-se formar vários elementos – os leves como o hélio e o oxigênio e os pesados como o ouro e o chumbo. Pelo visto, se a força de ligação fosse apenas 2% mais fraca, existiria apenas o hidrogênio. Inversamente se essa força fosse ligeiramente mais forte, haveria apenas elementos mais pesados, mas não hidrogênio. Afetaria isso a nossa vida? Bem, se faltasse hidrogênio no Universo, o Sol não teria o combustível necessário para irradiar energia vitalizadora. É claro, não teríamos água nem alimentos, pois o hidrogênio é um ingrediente essencial de ambos,

A quarta força em consideração, a força nuclear fraca, controla a densidade radioativa. Afeta também a atividade termonuclear no Sol. ‘Está essa força em regulagem perfeita com as outras?, Talvez você se pergunte.

O matemático e físico Freeman Dyson explica: “A [força] fraca é milhões de vezes mais fraca do que a força nuclear. É fraca justamente o necessário para que o hidrogênio do Sol queime num ritmo lento e constante. Se a força fraca fosse mais forte ou mais fraca, todas as formas de vida que dependem de estrelas do tipo do Sol também estariam em perigo”sim, esse ritmo de combustão precisa manter a Terra aquecida – mas não incinerada – e nos mantém vivos.

Ademais, os cientistas acreditam que a força fraca participa nas explosões de supernovas, que eles acham ser o processo para a produção e distribuição da maioria dos elementos. “Se tais forças nucleares fossem ligeiramente diferentes do que são, as estrelas não produziriam os elementos dos quais você e eu nos compomos”, explica o físico John Polkinghorne.

Muito mais se poderia dizer , mas você sem dúvida entende o ponto. Existe uma surpreendente regulagem entre essas quatro forças fundamentais. A natureza fez tudo certo. Sim a regulagem perfeita entre as forças fundamentais possibilita a existência e a operação do nosso Sol, do nosso agradável planeta com as suas águas vitalizantes, da nossa atmosfera tão essencial à vida, e de uma colecção enorme e preciosa de elementos químicos existentes na Terra.



A Jô, da antiguidade, foi feita esta pergunta: “Você conhece as leis que governam o céu a sabe como devem ser aplicadas na Terra?” (Jô 38:33)

Agora pergunte-se: O que explica essa regulagem perfeita, e o que é responsável por isso?

Nenhum comentário:

Related Posts with Thumbnails

'