03/01/2009

EVOLUÇÃO DA QUÍMICA

Você pode pensar: Mas o que um computador tem a ver com Química? A produção de diversos materiais que constituem o computador depende dos conhecimentos de Química. E isso acontece também com muitos outros produtos presentes em nosso dia-a-dia, que em cuja composição a ciência está presente. Se compararmos os milhões de anos que sabemos existir vida humana na Terra com a curiosidade de saber do que é constituída a matéria, chegaremos à conclusão de que esta preocupação é muito recente. Provavelmente os primeiros a se preocuparem em especular sobre a constituição da matéria foram os gregos, há pouco mais de 2.400 anos.

O homem pré-histórico, por tentativas e erros, descobriu como lascar a pedra como construir armas e algo muito importante na história da matéria - o fogo - através do atrito entre pedaços de madeira.

Na história da química, foram também importantes, as descobertas de alguns metais, milhares de anos antes de Cristo. O ouro, que deve ter sido encontrado na forma de pepitas, o cobre, talvez livre ou chamando a atenção por sua cor quando alguma fogueira foi produzida em local onde havia o seu minério. De qualquer forma, aproximadamente 3000 a.C. o ser humano conhecia o chumbo, o cobre, o bronze (obtido da fusão do estanho com o cobre). O ferro, talvez conhecido através da queda de meteoritos, já era utilizado pelo hititas, 1500 a.C.

Enfim, as civilizações antigas desenvolveram a metalurgia e obtiveram o vinho, a cerveja, o vidro e uma série de outros materiais, sem se preocupar por que tais fenômenos ocorriam. Apesar disso, a contribuição das civilizações anteriores à Era Cristã não pode ser desprezada, pois foram conquistas importantes para desenvolvimento da ciência moderna.

Não é do conhecimento de todos, mas o estudo dessa ciência se relaciona com os avanços tecnológicos. Imagine se uma pessoa que viveu no século XVI pudesse viajar pelo tempo e ver as inúmeras novidades do século XXI? Ela iria encontrar, por exemplo, um aparelho chamado televisão que é um produto da era tecnológica na qual vivemos e se perguntaria: Como isso é possível?


A Teoria dos Quatro Elementos

A curiosidade dos filósofos gregos sobre a natureza levou-os a refletir e debater a respeito da constituição da matéria. Tales, ao perceber que a água poderia existir na forma líquida, sólida e gasosa, propôs, quase 600 anos a.C., que todo o universo era formado por água. Posteriormente, outro grego sugeriu ser o ar a base de tudo que existia sobre a Terra. No século V a.C. Heráclito supôs ser o fogo a base de tudo que existia.

Unindo estas três idéias e acrescentando a terra, Empédocles formulou a Teoria dos Quatro Elementos, segundo a qual ar, água, fogo e terra poderiam unir-se graças ao amor e desunir graças a força do ódio.

Dentre todas as concepções gregas sobre a matéria, a mais lembrada, já que foi retomada 24 séculos mais tarde, é a de Leucipo, defendida também pelo filósofo Demócrito. Segundo eles, a matéria seria formada por diminutas partículas, que não poderiam sofrer qualquer tipo de divisão, os átomos.

Pouco depois, Aristóteles, filósofo que teve grande liderança, criticou a filosofia atomista e complementou a Teoria dos Quatro Elementos. Segundo ele, qualquer um desses elementos poderiam ser transformados em outro, já que os quatro eram constituídos de algo em comum. Aristóteles defendeu muitas idéias que provavelmente atrasaram o desenvolvimento da Química e da Física em especial.

Apesar dos filósofos gregos terem sido os primeiros a se preocuparem com a composição da matéria, não se pode dizer que eles fizeram um trabalho científico, uma vez que ele era totalmente desvinculado da parte experimental.

Os Alquimistas e a Alquimia


É derivante da palavra árabe al-khimia que significa química, ou seja, era a química praticada na Idade Média. Os alquimistas acreditavam que todos os metais evoluem até se tornar ouro, devido a este pensamento os alquimistas buscavam acelerar este processo em laboratório por meio de experimentos com os quatro elementos (água, fogo, terra e ar).

Além da transmutação dos metais inferiores em ouro e da obtenção do elixir da longa vida, os alquimistas estavam empenhados na descoberta da pedra filosofal, a qual iria desencadear as demais buscas. Os alquimistas eram considerados pessoas de hábitos estranhos.

Apesar de inúmeros esforços os alquimistas nunca conseguiram produzir ouro. Porém através das experiências descobriram substâncias e também inventaram instrumentos que foram muito úteis para a ciência. Atualmente a antroposofia (ciência espiritual), faz analogia entre os princípios alquímicos e as forças básicas atuantes na alma humana.

No "atraso" representado pelas idéias de Aristóteles inspirou-se a Alquimia. Já que havia uma matéria comum aos quatro elementos e que bastava mudá-la, começaram eles buscar a pedra filosofal, capaz de transformar qualquer metal em ouro, e o elixir da vida, que teria como propriedade a capacidade de tornar-nos imortais.

Os Alquimistas, desde o início da Era Cristã até o século XVII, com sua busca incansável para obter a pedra filosofal e o elixir da vida, um misto de ciência com muito misticismo, foram muito importantes para a química moderna. Foram eles que legaram à ciência moderna a descoberta de muitas substâncias, além de instrumentos de laboratório e algumas técnicas das quais se velaram cientistas do século XVII.

Eles deixaram receitas sobre obtenção de pólvora, de alguns ácidos, bases e sais, do álcool através da destilação do vinho. Supõe-se que os elementos arsênio, antimônio, bismuto, fósforo e zinco também foram obtidos por eles. Talvez os principais legados dos alquimistas sejam a técnica e a aparelhagem utilizadas. Eles desenvolveram destilações, cristalizações, aparelhos para refinar metais e obter ligas (metalurgia), enfim, foram os autores das práticas de laboratório.

A Química Moderna


Robert Boyle é considerado por muitos o iniciador da Química Moderna, em meados do século XVII. No período da química moderna, Boyle conseguiu obter o fósforo branco a partir da urina (o fósforo já tinha sido obtido por um alquimista que descrevera seu brilho e sua capacidade de inflamar). Foi a partir de uma série de experimentos que Boyle conseguiu repetir o feito do alquimista e reconhecer o fósforo como elemento.

Em decorrência da postura e dos procedimentos utilizados nas ciências, busca-se um aperfeiçoamento constante. A química, como qualquer ciência moderna, procura explicações através da construção de modelos para justificar fatos experimentais. Hoje, muitos cientistas consideram Lavoisier, que viveu no século XVIII, o grande iniciador da química experimental.


A QUÍMICA DO AMOR


A ciência, criadora de amor?


A ciência estuda os mecanismos biológicos do amor e do desamor, problemas que "no futuro poderão ser resolvidos por meio da química", assegurou em julho à EFE o médico e escritor Federico Ortiz Quezada.
O especialista indica em sua obra "Amor e desamor" que "quando duas pessoas se atraem sexualmente, uma cascata de neurotransmissores percorre seu cérebro e seu corpo. Tais agentes são oxitocina, feniletilamina, adrenalina, noradrenalina, serotonina, dopamina, vasopressina e endorfina, assim como os hormônios sexuais testosterona e estrogênios".
Ortiz Quezada explicou que existe "toda uma série de hormônios relacionada ao relacionamento que está sendo investigada, e eles contribuem para que determinado tipo de animal seja fiel".
Além disso, lembrou que a química pode contribuir para solucionar problemas vinculados com a sexualidade, com medicamentos que resolvem problemas de disfunção erétil e menopausa, como a diminuição do desejo sexual, que é solucionada com a testosterona.
Existirá um elixir para a paixão? Será possível no futuro estimular quimicamente a atração? O amor, a confiança e o carinho parecem ter muita relação com os hormônios e são muito mais cerebrais e intelectuais do que imaginamos. Por Marina Villén

Sem dúvida há uma relação importante entre a química, a atração e os desejos sexuais. Algumas substâncias químicas (hormônios e neurotransmissores) são produzidos por nosso corpo em resposta a nossos próprios impulsos internos e a estímulos ambientais. Os hormônios sexuais são agentes químicos secretados pelos testículos e ovários, em conjunto com a supra-renal, e que são encaminhados ao nosso cérebro onde são recebidos por receptores específicos para influir na capacidade de reprodução e no impulso sexual. Os andrógenos (testosterona) estrógenos e a progesterona são os principais hormônios ligados as mudanças nos nossos corpos pelas respostas sexuais.
Os fatores genéticos e a produção de hormônios tem um papel determinante na morfologia sexual (características físicas) dos homens e das mulheres e dão um grande número de diferenças anatômicas, fisiológicas e bioquímicas entre eles. A identidade do gênero (homem ou mulher), a orientação e as preferências sexuais estão muito condicionadas pelo ambiente sócio-cultural.
A testosterona é o andrógeno ou hormônio sexual masculino mais importante; secretado pelos testículos que produzem e mantém os caracteres sexuais secundários: crescimento e desenvolvimento do pênis, escroto e testículos, barba e pêlos púbicos, alterações nas cordas vocais. Seu nível sanguíneo influi no aumento ou queda da libido (vontade) e do interesse sexual.
Os neurotransmissores, que são substâncias que interligam os neurônios cerebrais, cumprem uma função indispensável na ativação do impulso sexual, como por exemplo, quando as carícias e beijos levam a lubrificação vaginal e à ereção peniana.
O velho tema de que "todos somos iguais”, foi substituído pelo “nascemos igualmente diferentes”.

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