15/12/2008

AGRESSIVIDADE INFANTIL


* Embora haja um padrão geral de desenvolvimento infantil, cada criança se desenvolve num ritmo distinto e numa direção distinta, assim, sempre existe a tentação de pressupor que a criança vai sair da fase problemática naturalmente.

            * Se você for pai/mãe de uma criança com crises graves de agressividade, ou se for professor ou outro profissional responsável por tal comportamento, você será capaz de reconhecer a importância de ser realista sobre tal situação.

            Assim, é importante que, sempre que os pais, professores e outros profissionais que cuidam de crianças, sentirem-se estressados com uma criança, é necessário adotar medidas de intervenção. Devem buscar ajuda, recorrendo a profissionais que possam ajudá-lo, reconhecendo o que deve ser feito. Aproveitar a oportunidade de evitar um grande problema no futuro.

            * Ouvir é a parte essencial de qualquer programa de tratamento. Estaríamos sendo negligentes se simplesmente continuássemos a ignorar o problema ou se encontrássemos dificuldades em acompanhar a criança, mais uma razão para buscar ajuda.

            Vamos examinar como a agressividade ocorre no desenvolvimento infantil:



Agressividade na primeira infância

 

            Quando a criança nasce ela não se relaciona de maneira efetiva, mas faz parte de um sistema do qual necessita para sobreviver. Ao nascer, sua atividade é quase sinônimo de agressividade.

            * Caso o processo de formação de vínculo não ocorra, o processo de desenvolvimento do bebê será afetado. Mas não significa que a criança se tornará excessivamente agressiva mais tarde.

            * Se for pai e mãe de uma criança agressiva é importante lembrar-se da época que ela nasceu. Independente de quanto tempo passou e tentar lembrar com detalhes dos primeiros estágios. Ex. ela chorava com freqüência e quando você a pegava no colo para consolá-la, ela chorava mais ainda? Era quase impossível oferecer-lhe alimento suficiente para mantê-la tranqüila? Estava sempre agitada e insatisfeita?

            * O mais importante é lembrar como foi sua gravidez, seu estado de espírito, o parto da criança. Foi um período feliz da sua vida, ou foi uma situação instável? Talvez o bebê não tenha sido capaz de sentir plenamente o nível de segurança necessário para desenvolver a independência e o controle pessoal.

            * Agressividade pode estar vinculada à natureza de seu nascimento, como também partos difíceis, podem resultar em algum nível de disfunção orgânica e doenças físicas na primeira infância, que podem promover um excesso de agressividade.

            * Primeiro a criança deve ser examinada pelo médico. Pode apresentar algum tipo de problema possível de tratamento. A agressividade às vezes pode estar associada a deficiências físicas e mentais, que são encarados como sintomas de frustração. Por isso a importância de ser examinada pelo médico.

            * A agressividade advém de uma tendência inata para crescer e dominar o mundo ao nosso redor. Pode ser percebida como uma característica de todas as formas de vida. Ex. ansiedade comum entre pais é a de que seu filho seja suficientemente agressivo, pois acham que a criança é incapaz de cuidar de si mesma quando for à escola. Eles poderão aconselhá-la a retaliar quando for atacada. O nível de ansiedade dos pais poderá ser tal que provoque no filho um senso de rejeição grave. Se ele não enfrentar a luta. O padrão do comportamento adulto é que para sobreviver é essencial que a criança, o pequeno ser humano seja agressivo.

            Diante de tais exigências a criança se afasta ainda mais para dentro de sua concha protetora.

            * Por volta dos 12 meses de idade a criança começa a apresentar uma agressividade instrumental. Essa agressividade é dirigida a outras crianças e geralmente envolve disputa por brinquedos ou pertences. Ela começa a se impor sobre seu ambiente. Achando que todos os objetos são vistos como parte dela mesma. Ex. qualquer pessoa que tentar tirar seu brinquedo é encarada como ameaça, e o resultado é uma crise de agressividade.

            * À medida que a criança se aproxima de seu quinto ou sexto ano de vida, a qualidade de agressividade se altera. Diminui a violência física, mas reagirá com raiva quando se sentir atacada.

            * Na idade pré-escolar, a criança é capaz de avaliar uma situação muito bem, mesmo antes de ir para a escola, tem criança que usa a agressividade para adquirir aquilo que deseja, outras, agem com agressividade apenas quando se sentem ameaçadas.

 

Tipos de agressividade infantil

 

            * Na pré-escola, existem três categorias amplas de agressividade infantil:

            * A criança que, durante o jogo, torna-se fisicamente descontrolada e perde os limites, sua agressividade é brutal e intimida a todos. Em outros momentos são tímidas, conversam pouco.

            * Outras crianças, são fisicamente agressivas em disputas e se mostram controladoras. Especialistas em provocar os colegas mesmo sem terem sido provocadas. Essas crianças estão entre as mais agressivas e violentas.

            * O terceiro grupo, são de crianças agressivas, são dominadoras em sua fala, mas não são fisicamente violentas. São agressivas fora do contexto do jogo. São vistas pelas outras crianças como chatas. Seu nível de agressividade é relativamente baixo e demonstram pouca violência em todas as situações, persiste até a idade de 7 e 8 anos.

 

Agressividade nos meninos e nas meninas

 

            * A diferença entre níveis de agressividade entre meninos e meninas aparecem no segundo ano de vida.

            Os tipos de agressividade na pré-escola são mais evidentes nos meninos, eles são chamados atenção mais vezes do que as meninas.

            Os meninos são encorajados pelo próprios pais a serem “manho”.

            A agressividade é um estereotipo masculino.

 

Crises de birra



* Comportamentos e crises de birra em idade precoce, asseguram que as necessidades da criança sejam atendidas na primeira infância. A mãe responde pela crise de birra.

            * Na medida em que cresce ela começa a perceber e utilizar outras formas para se comunicar.

            * Crianças com menos de 5 anos muitas vezes tem crises de birra. Destroem seus pertences, brigam, tomam as coisas que pertence a outro. São desobedientes, mentem e provocam os outros.

            * Se essas crises permanecerem após os 5 anos, algumas medidas deverão ser tomadas. Pai e mãe saberão o nível de gravidade, como o professor ou outro profissional, terá a capacidade de mensurar a serenidade da situação, pela quantidade de atenção que é preciso dispensar a essa criança.

            * Se for percebido que outras crianças estão sofrendo devido ao comportamento desta criança, então elas apresentam necessidades especiais.

            Pode ser causado pelo excesso de atenção. Todas as suas necessidades foram atendidas, por tempo em demasia, geralmente a criança é birrenta porque sabe que o resultado será recompensado.

 

Agressividade na infância, até que ponto é normal?

 

            * Fragilidade e insegurança: são dois pontos principais. Motivos que ocasionam comportamentos por parte de crianças podendo resultar em ferimentos nela própria e em outras pessoas. Ex. situação como nascimento de outro bebê na família, separação dos pais, ou então a perda de um parente próximo. Isso contribui a uma mudança repentina na maneira de agir do filho.

            * As crianças são totalmente emocionais e pouco racionais, por não saberem lidar com alguns sentimentos, que podem ser expressos por meio de atos agressivos.

            * Os pais devem ficar preocupados quando as atitudes perturbadoras tornam-se prolongadas.

            * Sabe-se, no entanto, que a agressividade não é um traço de personalidade.

            * Seu filho está agressivo, certamente está sendo influenciado pelo cotidiano familiar e em menor escala, por fatores externos, como a televisão, a amizade, entre outros.

            * Observar muito bem cada atitude e manter diálogo são os primeiros passos para descobrir a causa do problema.

            * Nesses casos a criança precisa de ajuda, mais do que a punição. Torna-se urgente a assistência por meio de muita observação e diálogo, para que se possa interromper esse ciclo de violência.

            * É recomendado ajuda de um especialista, que orientará os pais sobre a maneira correto de proceder.

            * Outra medida importante é a relação de cumplicidade da família e da escola, saber o comportamento de seu filho fora de casa e informar a educadora sobre os problemas percebidos em casa.

 

Revelação psicológica

 

            * Como se percebe, o afeto é o caminho mais tranqüilo e menos doloroso para arrancar a tensão de dentro de seu querido, basta saber usá-lo.

 

Considerações finais

 

            Finalmente, deixe-me lembrá-lo das três razões que podem levar uma criança a agir com agressividade excessiva.

            - Ela pode reagir com agressividade quando sentir que alguém está interferindo nos seus objetivos.

            - Ela pode reagir com agressividade quando sentir que ela ou seus amigos estão sendo criticados.

            - Ela pode reagir com agressividade quando sentir que a situação é injusta, ou quando sentir que uma pessoa tem sido negligente ou imprudente.

          Estes comportamentos estão presentes em todas as crianças, e persistem aqueles que são particularmente vulneráveis.

 

Uma solução simples

 

            1 - Esclarecer objetivos tanto para você quanto para a criança;

            2 - Assegurar que ela não interprete o que você diz como crítica;

            3 - Estabelecer com clareza as regras básicas de comportamento.


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