29/11/2008

PODE-SE CONFIAR NO RELATO DE GENÊSIS?


Mas, pode-se realmente ter fé nesse relato da criação e nas perspectivas que ele apresenta? Como vimos às pesquisas genéticas modernas caminham na direção da conclusão declarada na Bíblia há muito tempo. Também, a seqüência dos eventos que é apresentado em Gênesis tem chamado à atenção de alguns cientistas. Por exemplo, o famoso geólogo Wallace Pratt disse: “Se eu, como geólogo tivesse de explicar concisamente nossas idéias modernas sobre a origem da Terra e o desenvolvimento da vida sobre ela a um povo simples, pastoril, tal como o das tribos a quem foi dirigido o Livro de Gênesis, dificilmente poderia fazê-lo melhor do que seguir bem de perto grande parte da linguagem do primeiro capítulo de Gênesis =”. Ele observou também que a seqüência da origem dos oceanos, da emergência de solo seco, bem como do surgimento de vida marinha, de aves e de mamíferos é, em essência, a seqüência das principais divisões do tempo geológico.

Considere: como poderia Moises – milhares de anos atrás – ter colocado seu relato nessa seqüência correta se a sua fonte de informações não fosse o próprio Criador e Projetista?

“Pela fé”, diz a Bíblia, “é que sabemos que o Universo foi ordenado pela palavra de Deus, de forma que o mundo visível não procedeu de outras coisas visíveis”. (Hebreus 11:3). Muitos não aceitam este fato, preferindo crer no acaso ou em algum processo às cegas que, supostamente, produziu o Universo e a vida. Mas, como vimos existem muitas e variadas razoes para crer que o Universo e a vida terrestre – incluindo a nossa vida – originam-se de uma Causa Primária inteligente, um Criador, Deus.

A Bíblia reconhece francamente que “a fé não é propriedade de todos “. (2 Tessalonicenses 3:2) Contudo, fé não é credulidade. A fé baseia-se em fundamentos.



MUITAS pessoas afirmam que a ciência desmente o relato da Bíblia sobre a criação. Mas a verdadeira contradição não está entre a ciência e a Bíblia, mas sim entre a ciência e a opinião dos chamados cristãos fundamentalistas. Alguns desses grupos declaram erroneamente que, segundo a Bíblia, toda a criação física foi produzida em seis dias de 24 horas, cerca de 10 mil anos atrás.

A Bíblia, porém, não apóia essa conclusão. Se ela o fizesse, muitas descobertas científicas feitas durante os últimos cem anos realmente desacreditariam a Bíblia. Por esse motivo, discordo dos “cristãos” fundamentalistas e de muitos criacionistas.

Um dos objetivos do acelerador de partículas é a localização da consciência de Deus.
Pergunte-se: o Ser Humano já sabe onde esta a sua própria consciência?
Quantos tipos de consciência possuímos?


Quando se possui somente uma aptidão para se fazer uma coisa, comparo esta condição, a um condicionamento. Se tivermos dois modos de fazê-lo, estaremos num dilema. É preciso ter, pelo menos, quatro maneiras para praticar algo inovador. A terceira é uma autêntica fenda com flexibilidade para a abertura da consciência do Biopsicosociholos, e a quarta é: Não saber que não sabia, que as respostas para as perguntas que ainda não fizemos, existe.

Apresentamos seis tipos de saberes, possuímos:
a consciência e a heteroconsciência de que sabemos;
a que não sabemos;
a que sabemos que sabemos;
a que sabemos que não sabemos;
a que não sabemos que sabemos
e a que não sabemos que não sabemos.



28/11/2008

EVIDÊNCIAS APONTAM PARA UM COMEÇO


Os astronautas emocionam-se ao fotografar a terra, que parece enorme quando vista através da janela de uma espaçonave.



Todas as estrelas que vemos estão na Via-Láctea. Até os anos 20 esta parecia ser a única galáxia existente. Mas provavelmente você sabe que em observações posteriores, com telescópios maiores, ficou provado que isso não é assim. O Universo contém pelo menos 50 bilhões de galáxias. Não são 50 bilhões de estrelas, mas pelo menos 50 bilhões de galáxias, cada qual com bilhões de estrelas semelhantes ao Sol. Mas não foi a quantidade estonteante de enormes galáxias que abalou as crenças científicas nos anos 20. Foi o fato de estarem todas em movimento.

Os astrônomos descobriram um fato notável: quando passaram luz galáctica através de um prisma, observou-se um ‘esticamento’ nas ondas luminosas indicando que se afastavam de Nós a grande velocidade. Quanto mais distante a galáxia, tanto mais rapidamente parecia afastar-se. Isso indica um Universo em expansão.

Mesmo sem sermos astrônomos profissionais ou amadores podemos ver que um Universo em expansão teria profundas implicações no nosso passado – e no nosso futuro pessoal. Alguma coisa forçosamente desencadeou esse processo – uma força suficientemente poderosa para vencer a imensa gravidade do Universo inteiro. É valido perguntar-nos: De que fonte viria uma energia tão poderosa?

Ainda que para a maioria dos cientistas o Universo tenha tido um começo bem pequeno e denso (uma singularidade), não podemos fugir desta questão fundamental: “Se em algum ponto no passado o Universo estava confinado a um estado singular de tamanho infinitamente pequeno e de infinita densidade, temos de perguntar o que havia ali antes e o que havia fora do Universo... Temos de encarar o problema de um começo” – Sir Bernard Lovell.

Isso envolve mais do que apenas uma fonte de vasta energia. Requer também previsão e inteligência, pois o ritmo de expansão parece estar ajustado com grande precisão. “Se o Universo tivesse se expandido uma trilionésima parte mais rápido”, disse Lovell, “toda a matéria no Universo já estaria dispersa agora... E se tivesse sido uma trilionésima parte mais lento, as forças gravitacionais teriam arruinado o Universo mais iu menos dentro de seu primeiro trilhão de anos de existência. De novo, não haveria estrelas de longa vida nem a própria vida”.

Tentativas de explicar o Começo

Será que os cientistas agora sabem explicar a origem do Universo? Muitos cientistas, não à vontade com a idéia de que o Universo possa ter sido Criado por uma inteligência superior, especulam que, por meio de algum processo, ele tenha criado a si mesmo do nada. Parece-lhe razoável isso? Tais especulações em geral envolvem alguma variação de uma teoria: a do Universo inflacionário, apresentada em1979 pelo Físico Alan Guth. (a teoria da inflação especula o que aconteceu após o começo do Universo). No entanto mais recentemente, o Dr. Guth admitiu que a sua teoria “não explica como o Universo surgiu do nada”.

O Dr. Andrei Linde foi mais explicito num artigo em Scientific American: “Explicar esta singularidade inicial – onde e quando tudo começou – ainda é o problema mais renitente da cosmologia moderna”.

Se os especialistas realmente não sabem explicar a origem nem o desenvolvimento primordial do Universo, não devemos procurar uma explicação em outra parte? De fato, você tem boas razoes para considerar evidencias que muitos têm despercebido, mas que lhe poderão dar uma boa compreensão deste assunto. Essas evidencias incluem as dimensões precisas de quatro forças fundamentais responsáveis por todas as propriedades e mudanças que afetam a matéria. A simples menção de forças fundamentais talvez leve alguns a hesitar, pensando: ‘Isso é coisa só para os físicos’. Não é. Vale a pena considerar os fatos básicos, pois nos afetam.



Quatro forças físicas fundamentais

1- Gravitação: uma força bem fraca em nível de átomos. Afeta objetos grandes – planetas, estrelas, galáxias.

2- Eletromagnetismo: a força principal de atração entre prótons e elétrons, permitindo a formação de moléculas. Os relâmpagos são uma das provas de sua força.

3- Força nuclear forte: a força que liga os prótons e os nêutrons entre si no núcleo de um átomo.

4- Força nuclear fraca: a força que governa a densidade de elementos radioativos e a eficiente atividade termonuclear do Sol.

Regulagem perfeita

As quatro forças fundamentais atuam tanto na vastidão do cosmos como na infinita pequenez das estruturas atômicas. Sim, tudo ao nosso redor está envolvido.

Elementos essenciais à vida (especialmente o carbono, o oxigênio e o ferro) não poderiam deixar de existir sem a regulagem perfeita entre as quatro forças manifestas Universo. Se a força eletromagnética fosse bem mais fraca, os elétrons não seriam mantidos ao redor do núcleo do átomo. ‘Seria grave isso?’ Há quem se pergunte. Seria, pois os átomos não poderiam ligar-se para formar moléculas. Inversamente, s e essa força fosse bem mais forte, os elétrons ficariam aprisionados no núcleo do átomo. Não haveria reação química entre os átomos, ou seja, não haveria vida. Já nesse aspecto fica claro que a nossa existência e a vida dependem da regulagem perfeita da eletromagnética.

E considere a escala cósmica: uma leve diferença na força eletromagnética afetaria o Sol, alterando assim a luz que atinge a Terra tornando difícil, ou impossível, a fotossíntese nas plantas. Mais uma vez, a regulagem perfeita da força eletromagnética torna possível a nossa vida.

A intensidade da força eletromagnética em relação às outras três igualmente vital. E se a gravidade fosse proporcionalmente mais forte uma estrela como o Sol teria a sua expectativa de vida drasticamente reduzida.

As duas forças nucleares

A estrutura do Universo envolve muito mais do que apenas regulagem perfeita da gravidade e da força eletromagnética. Duas outras forças físicas também se relacionam com a nossa vida. Essas duas forças operam no núcleo de um átomo, muito evidentemente fruto de projeto inteligente.

Considere a força nuclear forte, que liga os prótons e nêutrons entre si no núcleo do átomo. Graças a essa ligação podem-se formar vários elementos – os leves como o hélio e o oxigênio e os pesados como o ouro e o chumbo. Pelo visto, se a força de ligação fosse apenas 2% mais fraca, existiria apenas o hidrogênio. Inversamente se essa força fosse ligeiramente mais forte, haveria apenas elementos mais pesados, mas não hidrogênio. Afetaria isso a nossa vida? Bem, se faltasse hidrogênio no Universo, o Sol não teria o combustível necessário para irradiar energia vitalizadora. É claro, não teríamos água nem alimentos, pois o hidrogênio é um ingrediente essencial de ambos,

A quarta força em consideração, a força nuclear fraca, controla a densidade radioativa. Afeta também a atividade termonuclear no Sol. ‘Está essa força em regulagem perfeita com as outras?, Talvez você se pergunte.

O matemático e físico Freeman Dyson explica: “A [força] fraca é milhões de vezes mais fraca do que a força nuclear. É fraca justamente o necessário para que o hidrogênio do Sol queime num ritmo lento e constante. Se a força fraca fosse mais forte ou mais fraca, todas as formas de vida que dependem de estrelas do tipo do Sol também estariam em perigo”sim, esse ritmo de combustão precisa manter a Terra aquecida – mas não incinerada – e nos mantém vivos.

Ademais, os cientistas acreditam que a força fraca participa nas explosões de supernovas, que eles acham ser o processo para a produção e distribuição da maioria dos elementos. “Se tais forças nucleares fossem ligeiramente diferentes do que são, as estrelas não produziriam os elementos dos quais você e eu nos compomos”, explica o físico John Polkinghorne.

Muito mais se poderia dizer , mas você sem dúvida entende o ponto. Existe uma surpreendente regulagem entre essas quatro forças fundamentais. A natureza fez tudo certo. Sim a regulagem perfeita entre as forças fundamentais possibilita a existência e a operação do nosso Sol, do nosso agradável planeta com as suas águas vitalizantes, da nossa atmosfera tão essencial à vida, e de uma colecção enorme e preciosa de elementos químicos existentes na Terra.



A Jô, da antiguidade, foi feita esta pergunta: “Você conhece as leis que governam o céu a sabe como devem ser aplicadas na Terra?” (Jô 38:33)

Agora pergunte-se: O que explica essa regulagem perfeita, e o que é responsável por isso?

26/11/2008

AS MARAVILHAS DOS JARDINS


O JARDIM DO ÉDEN



O mais célebre jardim da história é o jardim do Édem. Região em que o Criador plantou um parque semelhante a um jardim como um lar original do primeiro casal Humano. Parece ter sido uma área fechada, cercada, sem dúvida por barreiras naturais. O Jardim do Éden, Jardim das Delícias ou Paraíso Terrestre é na tradição das religiões abraâmicas o local da primitiva habitação do Homem.

Na tradição bíblica, o Jardim do Éden, do hebraico Gan Eden, e o termo grego Ké-pos referen-se a um terreno cultivado, é o local onde ocorreram os eventos contados no Livro do Gênesis (Gen., 2 e 3), onde é narrada a forma como Deus criou Adão e Eva, planta, animais e um jardim no Éden ao lado do oriente, e indica onde o havia criado, para ser cultivado e guardado.

O Jardim do Éden, a sua localização e a tentativa de reencontrar a felicidade perdida após a expulsão, são um dos temas centrais de uma verdade e de múltiplas lendas e mitos que inspiraram inúmeros artistas, sendo uma das inspirações mais freqüentes da arte européia.

O JARDIM DE GETSÊMANI


O jardim de getsêmani, no monte das oliveiras defronte de Jerusalém, do outro lado do vale do Cédron, era um dos lugares favoritos de Jesus Cristo, onde podia ficar a sós com seus discípulos. Foi para este jardim que Jesus se retirou com seus discípulos depois de comer a sua ultima páscoa e instituir a Refeição Noturna do Senhor. Ali Ele se afastou um pouco dos discípulos e orou fervorosamente, sendo ministrado por um anjo. O traidor Judas, sabendo do costume de Jesus, guiou uma tuba ao Getsêmani, onde traiu Jesus com um beijo. (Mateus 26:36, 46-49)

JARDINS SUSPENSOS DA BABILÔNIA



Os Jardins Suspensos da Babilônia foram uma das sete maravilhas do mundo antigo. É talvez uma das maravilhas relatadas sobre que menos se sabe. Muito se especula sobre suas possíveis formas e dimensões, mas nenhuma descrição detalhada ou vestígio foram encontrados, além de um poço fora do comum que parece ter sido usado para bombear água. Seis montes de terra artificiais, com terraços arborizados, apoiados em colunas de 25 a 100 metros de altura, construídos pelo rei Nabucodonosor (rei da Babilônia -630 a.C.?-562 a.C.). Os jardins foram construídos por Nabucodonosor para agradar e consolar sua esposa preferida Amitis, que nascera na Média, um reino vizinho, a qual vivia com saudades dos campos e florestas de sua terra. Chegava-se a eles por uma escada de mármore. Foram construídos no séc. VI a,C, ao sul do Iraque, na Babilônia. Seus terraços foram construídos um em cima do outro e eram irrigados pela água bombeada do rio Eufrates. Nesses terraços estavam plantadas árvores e flores tropicais e alamedas de altas palmeiras.. Dos jardins podia-se ver as belezas da cidade abaixo. Não se sabe quando foram destruídos. Suspeita-se que isso tenha ocorrido na mesma época da destruição do palácio de Nabucodonosor, pois há boatos de que os jardins foram construídos sobre seu palácio

JARDIM JAPONÊS



Diferente dos jardins ocidentais que dão ênfase à beleza das formas geométricas, o jardim japonês tem como principal objetivo ressaltar a beleza do ambiente natural, mesmo que isso não signifique a Natureza em sua forma original, inalterada. Ou seja, materiais como árvores, arbustos e pedras são dispostos nesse jardim para simbolizar e enfatizar as características da Natureza e criar um espaço, embora artificial, de beleza natural que tem uma unidade harmônica.

A história dessa jardinagem da paisagem subsiste há milhares de anos durante a qual foi sofrendo uma série de mudanças e adaptações. Os modelos dos primeiros jardins vieram da China e representaram o prazer e divertimento dos aristocratas.

Um convite à contemplação, o jardim japonês transmite paz e espiritualidade. Os aspectos visuais como a textura e as cores, em um jardim oriental são menos importantes do que os elementos filosóficos, religiosos e simbólicos. Estes elementos incluem a água, as pedras, as plantas e os acessórios de jardim.

Alguns elementos são fundamentais no jardim japonês.

o Sakura ou cerejeira ornamental, que é conhecido como a flor da Felicidade e assume um lugar importante na cultura japonesa durante as festividades;

o Momiji-Gari ou Acer Vermelho, que revela um aspecto melancólico e reflexivo da personalidade japonesa;

as lanternas de pedra que induzem à concentração, ajudando a clarear a mente, adicionando o místico, a tradição e a espiritualidade;

o lago e as carpas : água é vida, daí a importâcia do lago;

Taiko Bashi ou ponte - uma ponte ou um caminho dentro de um jardim, representa uma evolução para um nível superior em termos de amadurecimento, engrandecimento e auto-conhecimento, enquanto a flexibilidade do bambu, conduz a capacidade de adaptação e mudança;

as pedras das cascatas : o centro do jardim - a pedra colocada na posição vertical representa a figura do pai, e a da horizontal, a mãe. Dela, brota a água.

As outras pedras , simbolizando os descendentes, são distribuídas em torno do lago e entremeadas pela vegetação;

o bambu e os adornos : os galhos do bambu são amarrados, direcionando o crescimento para que a planta se curve para o lago, como em reverência;

o sino de vento e os macacos de cerâmica , fixados na planta, trazem o som da natureza e a felicidade.


JARDINS TEMÁTICOS



Jardins Temáticos são inter-relação entre paisagistas e artistas plásticos; diálogos onde paisagismo e arte se fundem, possibilitando uma ampliação do olhar para a questão do meio ambiente.

Pensar em um espaço quieto, privado, onde se pode relaxar numa noite quente de verão, leva você direto para o quintal. Você vai desejar que o espaço externo da sua casa seja tão confortável quanto uma sala aconchegante, com a lareira acesa em uma noite fria de inverno. A varanda pode remeter a uma faixa de grama viçosa bem cortada, cercada por canteiros de ricas forrações, plantas de folhas sempre verdes e flores se abrindo. Uma cobertura de árvores cria sombras manchadas, que se movem com a brisa. Seu jardim é um lugar de paz e beleza porque foi cuidadosamente planejado, exigiu trabalho duro e paciência.

PARQUE DOS LABIRINTOS


O parque dos Labirintos é uma atração bem diferente: as "paredes" deste labirinto são feitas de arbustos e muitas árvores. Na verdade, é uma espécie de "jardim-labirinto".

As crianças poderão se divertir bastante procurando a saída em meio a corredores verdes, cercados de música, teatro e outras atrações que se espalham pelas cinco praças do complexo. O objetivo do jogo é encontrar as praças temáticas de diversão e cultura, escondidas pelo labirinto.

O parque de São Roque fica na cidade do Porto em Portugal e foi montado em forma de um labirinto: as circunferências concêntricas de buxo ( Buxus sempervirens) formam um desenho quase simétrico, e as passagens transversais entre os anéis parecem distribuir-se a intervalos regulares; visto do patamar superior de onde a foto foi tirada, tem a nitidez de um diagrama geométrico. Não é desafio para um adulto, pois a sebe, que atinge pouco mais de um metro de altura, não lhe tolhe a visão; e mesmo uma criança dificilmente se sentirá perdida nos seus previsíveis meandros.

DICAS DE PAISAGISMO

Quando for plantar um jardim, você começará fazendo uma avaliação das suas necessidades pessoais. Faça uma lista do que quer incorporar no projeto. Tome notas das funções especiais ou áreas de serviço de que seu paisagismo precisará, para que possa providenciar tudo. Depois, considere as dicas desta seção enquanto construir seu jardim. Você descobrirá idéias que depois de implementadas poderão ser desfrutadas por toda a vida.


“Um dia as lagartas tornam-se borboletas e voam, voam para outros jardins”.

24/11/2008

PORQUE NÃO SOMOS O QUE QUEREMOS SER?


As atitudes se originam na mente e a vida está além da mente. A elaboração desse “nós” inicia-se na infância ergue as paredes da maturidade e culmina no telhado da velhice, que é coroado, embora seja visto como deterioração.

Durante o período da vida de uma criança, o mundo ao seu redor se decompõe como se fosse em três grupos. A criança, o outro, que consiste em pessoas inteiramente relacionadas com elas, sendo que as suas relações com elas determinam suas relações com o círculo que é formado por todas as demais pessoas, sendo que as relações com essas são mediadas pelas relações que ela estabeleceu no primeiro círculo, mais estreito.

As atividades de cada individuo ocorrem num sistema de relações sociais e de vida social, onde o trabalho ocupa lugar central. A atividade psicológica interna do individuo tem sua origem na atividade externa.

Os processos mentais humanos (as funções psicológicas superiores) adquirirem uma estrutura necessariamente ligada aos meios e métodos sócio-históricamente formados e transmitidos no processo de trabalho cooperativo e de interação social. [...] As atividades mentais internas emergem das atividades prática desenvolvidas na sociedade humana com base no trabalho, e são formadas no curso da ontogênese de cada pessoa em cada nova geração (LEONTIEV p. 56-58)

Os processos psicológicos do individuo, internalizados a partir de processos interpsicológicos, passam a mediar à atividade entre o psiquismo e as relações concretas da existência do Ser humano. Ela assimila o mundo objetivo com um mundo de objetos humanos reproduzindo a partir de sua subjetividade, as ações humanas com eles.

O mundo cultural é um sistema de significados já estabelecidos por outros, de modo que, ao nascer, a criança encontra um mundo de valores (...), aonde ela vai se situar. Através das representações mentais e das expressões da linguagem, o Homem torna presente, para si e para os outros, realidades que ainda não aconteceram.

O bebê humano é lançado numa família ou espaço social, onde recebe um nome e onde os outros têm, em relação a ele, expectativas a respeito de quem deve ser, de que modo deve se comportar, que papel desempenhará naquele grupo (...). Assim, inicialmente a criança é alguém é corpo e consciência unificados, com uma personalidade (identidade), somente para os outros, que a identificam como o “filho parecido com a mãe”, “como futuro companheiro do pai”, “como o filho bonzinho, porque não incomoda (...)”, “o filho rebelde, que não obedece, que teve idéias próprias ou que não segue as regras estabelecidas pelos seus cuidadores”.

Aos poucos as vivencias, a constância dos acontecimentos e o amadurecimento vão possibilitando o desenvolvimento da reflexão espontânea.

O “Eu” é um conjunto de vivências qualidades, estados e ações. Resultado do que é ensinado à pessoa e do que ela faz disso; daquilo que ela ouve, vê, pensa, fala do que ela sente e pensa a respeito disso; daquilo que lhe dizem, lhe mostram, lhe ensinam, lhe fazem e do que ela pensa disso, sente e faz com isso. No início a noção do “Eu”, mostra-se influenciável pelas idéias dos outros (adulto) e as repetem.

É o início da construção da moralidade, obediência às regras, interpreta-os segundo o resultado e não segundo a intenção. Nesta fase não conhece a intencionalidade. A noção de justiça que possui, é que todo crime será castigado, que tem uma meta, um ideal e que é um bem a ser realizado. A qualidade do castigo não se relaciona com o delito, (ex: tirar algo da criança só por que ela gosta). Punido de acordo com o delito contribuir para o relativismo moral.

É partir desse comportamento que começa a noção de dever moral e respeito como algo sagrado. Não constroem regras, demonstram interesse em participar de atividades coletivas e suas regras. Inicia-se a consciência da construção do “Eu”, das trocas intelectuais, e começa a se efetuar alcançando paralelamente a formação da personalidade consciente. E de tomar consciência dessa relatividade, da perceptiva individual e a colocar em relação com o conjunto e o outro. As regras existem, mas pode haver trocas, construção, obediência e oposição. Justiça não significa necessariamente obedecer.

Os métodos de educar um filho são por coação e cooperação de acordo com a moral, que consiste um sistema de regras. E a essência de toda a moralidade deve ser procurada pelo respeito que o indivíduo adquire por estas regras.

A educação por coação, implica na relação assimétrica onde um pólo impõe ao outro sua forma de pensar, seus critérios, comportamento e verdades.

Não é recíproco, um impõe e o outro cumpre. Espancar os filhos em nome da “educação” está de acordo com seus valores institucionais, tradição, religião e família, que oferecem um modelo a ser seguido. Não há necessidade de espancar. Deve-se cumprir seu papel de autoridade para que as regras sejam apreendidas, porem explicando suas razões de ser.

Ajudando a criança sair do seu ponto de vista pré-estabelecidos e a compreender o ponto de vista alheio, oferecendo um modelo, dizendo como se deve ser, onde errou, porque errou (...).

A noção de “bem”, nasce da possibilidade de cooperação que significa “fazer igual ao outro”. Cooperação significa coordenar o ponto de vista próprio com o ponto de vista do outro. O equilíbrio não é a padronização dos comportamentos, através do espancamento ou outras atitudes de coação com a criança, mas sim o respeito e convivência das diferenças.

Não tem como se estruturar uma personalidade senão na relação, no tecimento, no compromisso ontológico com os outros. É através das mediações, de pessoas através das quais possa constituir-se alguém e desenvolver um modo de ser, que a personalidade humana se constitui.

Não somos o que queremos ser por que obedecemos a modelos que determinam o que podemos ou não fazer. Esses modelos dizem respeito à raça, sexo, idade, concepção de moral, e o respeito pelas suas regras internalizadas através do processo de aprendizagem e formação cultural que é transformada pela ação do individuo, e todas as expectativas externas e internas.

A liberdade de não poder fazer o que se quer, envolve o conflito entre a razão e emoção. Emoção é o que rege a felicidade. Precisa de um motivo; condição interna relativamente duradoura que leve o indivíduo, o que o predispõe a persistir num comportamento orientado para um objetivo, possibilitando a transformação ou a permanecia da situação. O que determinará será a motivação direcionada do objetivo ou meta. A emoção parte do sentimento. Estados emocionais e sentimentos formam a afetividade. Emoção é a mais intensa e, menos duradoura. Sentimentos menos intenso e mais duradouro. Ex: emoção – paixão, sentimento – amor.

A cultura reprime, controla as emoções, os valores, preconceitos e a moral que precisam ser constituídos. Não é possível destitui-se a emoção da razão. Obedecer quando se está motivado. Se for obrigação ou por obrigatoriedade, não será desejo próprio, resultará em conflito.

O respeito é inspirado pelos sentimentos de amor sagrado, (...). E aos poucos os sentimentos são substituídos pelo respeito mútuo.

Quase toda religião está fundamentada numa simples psicologia: medo glorificado em nome do inferno e amor (ambicioso) glorificado em nome do céu.

A intencionalidade da razão é inversa da emoção. Quanto maior a razão, menor a emoção. Ninguém nasce com uma personalidade formada, com um Eu constituído, definido. Todos nascemos ninguém e nos tornamos alguém especifico, diferente de outras pessoas, mediante um processo social , educacional e de relações, desde o momento em que nascemos. Assim corpo e consciência se unificam na direção de um futuro, da realização de um desejo de ser, e é justamente este movimento constante e esse esforço de unificação do corpo e da consciência, mediada pela reflexão, que possibilitam o aparecimento e o desenvolvimento, da personalidade do “EU”. O bebê humano não nasce medroso, ciumento, tímido, (...). São resultados de processo de relações a partir do nascimento.





O QUE É LIBERDADE?

Sabemos o que desejamos ou estamos sempre respondendo ao que os outros querem para nós, ou de nós?

Eu diria que de modo geral, respondemos as expectativas externas. Permitindo que estas expectativas nos mantenham aprisionadas em modelos. Passamos grande parte de nossa vida fazendo e adquirindo coisas que nos mantém em prisões mentais físicas e emocionais.

A liberdade é um estado mental, que se dá pela própria ação, ser livre é uma condição humana. Nós a conquistamos quando nos dispomos conscientemente a fazer escolhas, sem vergonha; culpa, medo ou censura.

Liberdade é um sinal da consciência do próprio “eu”, quando se tem consciência do que é necessário para manter, seu bem estar mental, emocional, físico e social. E faz escolhas para atingir essa meta, estará exercitando a liberdade e o reconhecimento da verdade.

O livre-arbítrio requer atos de coragem coerentes e constantes. Precisa-se de coragem para admitir que todas as coisas são possíveis e que é capaz de lidar com elas, escolhendo o que for melhor. Quando nos dispomos a demonstrar esse grau de coragem e nos arriscar, sabendo que: não importa o que aconteça, estaremos no lugar onde deveríamos estar, estaremos sendo livres.

Liberdade é a constatação de que não é determinado, que não está pronto, mas que pode fazer de si outra coisa, diferente do que aquilo que fizeram até então, saindo do dever ser, para poder ser. A vida passará a ser uma possibilidade e não uma “tarefa”.

O ser humano com autonomia não será um ser “reprimido”, mas sim um homem livre, pois estará livremente convencido de que o respeito mútuo é bom e legítimo. Tal liberdade lhe vem de sua razão, e sua afetividade. Aderindo espontaneamente as suas regras e normas. Não haverá luta entre afetividade e moral.

A liberdade só pode ser definida tornando-se como ponto de referência o indivíduo construindo a si mesmo com a ajuda dos outros. Portanto, não tem nada a ver com a possibilidade de se fazer seja o que for, pela simples razão de que se tem vontade de fazer tal coisa. O nome para isso é capricho.

A liberdade é a possibilidade de tecer vínculos com os que estão à nossa volta. Não é, portanto, um exercício solitário. A célebre fórmula: “Sua liberdade acaba onde começa a do outro” nos induz em erro. É preciso ser, pelo menos, dois para ser livre; mais exatamente, para estabelecer, dia após dia, regras de vida em comum satisfatórias para cada um.

Portanto, a liberdade nunca é adquirida definitivamente; não é suficiente limita-se a defender tal conquista. É necessário, permanentemente, defini-la, estabelecê-la, adaptá-la às condições de um mundo em constante mudança.

22/11/2008

MANEJO EM EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS


SUICÍDIO “Suicídio: morte auto-infligida, provocada por um ato voluntário e intencional” Sui = si mesmo Ceades = ação de matar = “assassinato ou morte de si mesmo”

Ideação suicida: é uma alteração no conteúdo do pensamento que se caracteriza por apresentar, basicamente, idéias recorrentes e/ou permanentes de perda da vontade de viver, desejo de estar morto, desejo de acabar com a própria vida e desejo de autodestruição. Constitui-se na motivação intelectual para o suicídio. O chamado plano suicida estabelece-se na evolução da ideação suicida.

Risco de suicídio: é a probabilidade de que a ideação suicida leve ao ato suicida e tenha como desfecho a morte auto-induzida. A presença de uma ideação suicida constitui um risco de suicídio que deve obrigatoriamente ser avaliado e quantificado, levando-se em conta: presença de um plano, tipo de plano, tentativas prévias e atuais. -

Encontra-se entre as 10 principais causas de morte no mundo e entre as três primeiras quando se considera a faixa etária entre 15 e 34 anos de idade;
- Em todo o mundo, aproximadamente 1000 pessoas cometem suicídio a cada dia;
- No Brasil hoje, quase 7000 vidas por ano estão sendo extintas pelo suicídio. A prevalência de suicídios é de 4 a 6 / 100.000 habitantes;
- Pesquisas têm demonstrado que 2/3 de 100 vítimas de suicídio havia consultado um médico no mês anterior ao suicídio;
* 55% havia sugerido seu suicídio para alguém em algum momento;
* 1/3 havia feito uma ameaça declarada de suicídio;

- É de conhecimento que 90% ou mais dos pacientes que cometem suicídio apresentam uma desordem psiquiátrica severa. Em função disso, o profissional de saúde deve estar atento para uma efetiva investigação frente aos transtornos mentais de maior incidência para o suicídio;
- Pacientes que comunicam sua intenção suicida podem cometer o ato. Ao contrário da crença popular de que “quem avisa não faz”;
- Dos suicídios completados, 25 a 50% são cometidos por pessoas que já haviam feito tentativa anterior. O risco de um paciente fazer uma segunda tentativa é mais alto dentro de três meses após a primeira tentativa;
- O paciente que apresentou risco de suicídio durante um episódio depressivo tende a recidivar nos casos de recaída;
- Jamais prescrever e/ou fornecer medicação em dose letal. É sensato prescrever não mais do que a medicação para uma semana. Torna-se importante o auxilio da família na administração da medicação;
- A família deve ser orientada quanto ao aumento de risco de suicídio, quando o paciente está se recuperando da depressão;
- Mudanças repentinas no comportamento, como por exemplo, uma melhora súbita na depressão deve servir de alerta: pessoas suicidas parecem ficar em paz consigo mesmas, porque chegaram a decisão secreta de cometer suicídio;

- Todos devem permanecer alerta para as comunicações diretas e indiretas de intenção suicida (mensagens ou cartas de despedida, providencias finais – acerto de contas bancárias, testamento, etc).

“PORTADOR DE TRANSTORNO MENTAL: MANEJO”

- Torna-se importante ressaltar que as orientações dadas a seguir são apenas diretrizes, extremamente gerais, que podem ser utilizadas frente a alguns sintomas apresentados pelo portador de transtorno mental; - Não se tem a pretensão de ditar condutas padronizadas – o que sabemos não ser nem indicado, nem possível – pois cada ser humano é único e tem necessidades próprias e diferentes, em diferentes momentos.

DELÍRIOS - Crenças falsas e fixas que não podem ser corrigidas por argumentos lógicos; Jamais deve ser desafiado diretamente;
- É desaconselhável fingir que se acredita no delírio;
- Mostrar que compreende que o paciente acredita na realidade do delírio, mas que ele não mantém a mesma crença;
- Falar a respeito de pessoas e eventos reais, sentar junto dele para conversar sobre o cotidiano, pode aproximá-lo da realidade;
- Não devem ser ridicularizados, nem tratados como mentirosos, pois não têm controle sobre o conteúdo de seu pensamento.

ALUCINAÇÕES - Não adianta tentar convencer o cliente de que vozes que ele está ouvindo ou o que ele está vendo, não existem;
- O aconselhado é colocar para o cliente que acredita que ele esteja ouvindo “vozes”, porém ele não compartilha da percepção
- “Eu sei que as vozes são reais para você, mas eu não as escuto”;

- Alucinações auditivas = questionar o conteúdo das mesmas, em função da possibilidade do paciente estar apresentando alucinações de comando;
- Alucinações visuais de animais (zoopsias) = podem ser um dos sintomas de abstinência alcoólica. Questionar parada de ingestão de álcool frente a este tipo de alucinação é interessante em função dos encaminhamentos que poderão ser adotados.

DESAGREGAÇÃO DO PENSAMENTO
-
Fala confusa de difícil entendimento, frases sem conexão umas com as outras, sem sentido e por vezes utiliza-se de neologismos;
- Não deixar de dar atenção, ouvi-lo com cuidado e tranqüilidade, tentando captar a mensagem central do que está querendo comunicar;
- É preciso ter paciência, sem exigir a coerência que, no momento, ele não está podendo ter. MUITO ATIVO E EUFÓRICO (episódio maníaco)
- O paciente não tem condições de ficar quieto, não podemos exigir isso dele; - Aceitá-lo assim, não exigindo que ele modifique seu comportamento de um momento para outro;
- Proporcionar atividades supervisionadas que permitam que ele extravase sua energia, através de jogos, ginástica, corridas, entre outras; (concluir uma para iniciar outra)
- Por causa da hiperatividade, o cliente tende a se alimentar e dormir pouco;
- Não consegue ficar sentado para a refeição = oferecer alimentos que podem ser ingeridos sem interromper suas atividades;
- Em muitas situações, é preciso impor ao paciente, limites. Porém, se isso for feito de maneira autoritária, é possível que o mesmo reaja mal (em função da irritabilidade freqüentemente presente nesses casos), criando-se uma situação que poderá levar à contenção.
- Se, ao contrário, conversarmos de modo firme, mas cortês, explicando-lhe com coerência as razões desse limite, mostrando respeito e compreensão, é possível que ele atenda;
- Adotar medidas que protejam o paciente contra riscos, em conseqüências das atitudes características do seu próprio quadro clínico.

DEPRESSIVO
- A depressão faz com que o paciente se sinta exausto, sem apoio, sem valor e sem esperança, incapaz de reagir;
- Esse estado só aumenta os pensamentos negativos e pessimistas, piorando a depressão, num círculo vicioso sem fim.
- O paciente deve tentar acreditar que tudo o que ele sente e pensa negativamente é fruto de uma doença do corpo como um todo, e que acima de tudo é tratável sem dificuldades. Que não durará para sempre, apesar de ser essa sua impressão! E que, por mais realistas que suas vivencias sejam, a depressão as aumenta e faz tudo ficar mais difícil e complicado.
Dicas para os pacientes:
- Não decidir nada muito importante;
- Não se impor objetivos grandes, difíceis ou de longo prazo;
- Não se cobrar demais; - Ter paciência para melhorar;
- Procurar ficar com outras pessoas; - Procurar fazer qualquer atividade de lazer;
- Não aceitar os pensamentos depressivos.


CATATÔNICO
- Apesar de incomunicável e aparentemente sem nenhum contato com o mundo externo, está consciente e atento ao que ocorre ao seu redor;
- Ouve o que falamos e percebe nossas reações. É capaz de relatar tudo posteriormente, quando sai do estado de indiferença;
- Importante observar o que é comentado junto ao paciente.
- Devemos conversar com o paciente, mostrando-lhe que estamos ao seu lado e que faremos o que for possível para ajudá-lo, até seu restabelecimento;
- Deve ser evitada a aproximação de pessoas expansivas, que “o atropelem”, exigindo mais do que ele pode dar;

- Nos casos mais graves, este tipo de paciente necessita de muitos cuidados, pois neste momento encontra-se impossibilitado de cuidar de si mesmo.

- É bastante susceptível a desenvolver problemas clínicos graves como desidratação, desnutrição, edema de membros inferiores, infecção pulmonar, entre outros.

- Se não receber cuidados constantes da enfermagem, poderá ficar exposto ao frio, chuva, sol em demasia e sofre acidentes;
- Pode ser necessário fazer tudo pelo paciente: alimentá-lo, hidratá-lo, cuidar de sua higiene.

TENDÊNCIA A ISOLAR-SE

- A resistência ao contato pode ser um recurso utilizado pelo paciente em resposta às alucinações ou idéias delirantes, por sentimentos de medo ou por dificuldades intransponíveis de relacionar-se com o mundo externo;
- A relação interpessoal é vivida pelo paciente como uma ameaça, evitando, muitas vezes, até a aproximação física;
- Pode-se tentar um contato, muito delicadamente, a partir de algo que o interesse
– se conseguirmos fazer alguma observação nesse sentido, ou se a família der alguma informação
– mas sem forçá-lo a responder; ele o fará quando puder;

- É um paciente que necessita de uma atenção especial e não tolera contatos prolongados e profundos;
- A orientação de estabelecer contatos mais freqüentes, porém de curta duração, é interessante;

- É importante que o paciente sinta a disponibilidade do profissional para o atendimento de suas necessidades;
- Às vezes, a aproximação de duas pessoas que vão conversando e procurando entrosar o cliente facilita o contato, pois assim ele se sente menos pressionado a responder;
- Mesmo que ele não diga nada, a conversa vai fluindo e não se cria um clima pesado.

COMPORTAMENTO ANTI-SOCIAL
- Deve-se estar atento para suas manobras;
- Apresentam baixa ou nenhuma autocrítica de suas atitudes e não manifestam sentimentos de culpa em relação ao sofrimento causado nos outros ou pela infração das normas;
- Lidar com esses pacientes é extremamente difícil, uma vez que os mesmos não percebem sua dificuldade, nem, muito menos, desejam se tratar;

- Em função disso, é raro que o paciente tente, sinceramente, alterar sua conduta. Quem procura ajuda é, em geral, um familiar;
- Lidar com esses pacientes é extremamente difícil, uma vez que os mesmos não percebem sua dificuldade, nem, muito menos, desejam se tratar;
- Em função disso, é raro que o paciente tente, sinceramente, alterar sua conduta. Quem procura ajuda é, em geral, um familiar;

- A atitude deve ser firme – com o estabelecimento de limites, reforçando as conseqüências de seu comportamento e da falta de consideração pelos direitos dos outros
– sem mostrar desprezo ou atitudes punitivas;

- Os comportamentos inadequados devem ser discutidos com franqueza, valorizando o que há de positivo nesses pacientes;
- É bastante comum o paciente despertar, no profissional, sentimentos negativos que devem ser trabalhados.

SINTOMAS FÓBICOS
- Em algumas situações, a ansiedade pode não aparecer livremente, sentida e expressa como tal pela pessoa, mas se apresentar apenas diante de um estímulo específico, provocando a atitude de evitar esse estimulo.
- Aqueles que apresentam fobias levam, em princípio, uma vida como outra pessoa qualquer, salvo quando se vêem em proximidade com o objeto fóbico;
- Mas, certas fobias – ex: a espaços abertos – invadem a vida da pessoa, limitando-a;

- É fundamental a postura de respeito em relação à pessoa;
- Da mesma forma que o paciente ansioso, não adianta dizer a pessoas com fobia que logo estará bem, que seu medo é exagerado, “sem motivo real”;
- Isso ela já sabe e, mesmo assim, não consegue controlá-lo;
- Mais negativo ainda seria querer forçá-la a entrar em contato com o estímulo que lhe provoca a fobia, com a intenção de provar que não existe razão para tal. Nesse caso, sua ansiedade só aumentaria;
- Frente às situações fóbicas é interessante orientar a prática de métodos de respiração controlada para reduzir sintomas físicos de medo.

PÂNICO
- Sintomas: palpitações, dor no peito, tontura, sensações de sufocação, estômago embrulhado, sensação de irrealidade, medo de perder o controle, sensação de morte súbita, entre outros;
- Como os sintomas são imprevisíveis e sem motivo aparente, podem provocar no indivíduo medo de ficar sozinho ou de freqüentar lugares públicos;
- Novamente, não é indicado dizer ao paciente que não se preocupe, que não há motivo para estar assim; é por meio de uma presença solidária, acolhendo sua manifestação de ansiedade e ouvindo o que ele tem a dizer, que poderemos ajudá-lo;
- Colocá-lo em um ambiente sem muitos estímulos é indicado;
- Procurar respeitar e tranqüilizar o paciente afirmando que os pensamentos e as sensações assustadoras logo passarão;
- Que se trata de um ataque de pânico, com sintomas de origem emocional e que nada de grave lhe acontecerá. Que procure evitar pensamentos do tipo: “Estou morrendo! É um enfarte!”.
- Solicitar para que se concentre em controlar a ansiedade e não nos sintomas físicos;
- Para isso, é importante orientar que inspire lenta e profundamente. Que segure um pouco o ar nos pulmões e solte-o devagar;
- Respirar muito rapidamente pode aumentar alguns dos sintomas físicos de pânico, como resultado da hiperventilação;
- Técnicas de relaxamento poderão ser utilizadas.

COMPORTAMENTO COMPULSIVO
- Devemos ter em mente que, se o paciente está realizando os rituais é porque, naquele momento, não está conseguindo controlá-los;
- Torna-se importante não ficar fazendo críticas, desaprovando constantemente o se comportamento;
- Deixe, naquele momento, que realize os rituais, encaminhando-o para atendimento especializado.

SINTOMAS FÍSICOS SEM BASE ORGÂNICA
- Desprazer causado pelos problemas e conflitos não resolvidos é transformado, inconscientemente, em sintomas físicos;
- Parecem estar simulando o sintoma para apenas “chamar atenção”;
- Também sofrem rejeições de familiares e amigos, em decorrência das freqüentes queixas;
- É importante que familiares, amigos e profissionais reconheçam que os sintomas físicos do cliente são reais. Não são mentiras ou invenções;
- Mesmo não havendo comprometimento orgânico demonstrável, para a pessoa aquela incapacidade funcional ou aquela doença existe. Ela realmente sente os sintomas;
- Torna-se importante nesse caso, não valorizar os sintomas, mas a pessoa em sofrimento;

- Buscar esclarecimento através de material para leitura, que trate sobre o transtorno, pode auxiliar o pacliente no sentido de compreender o que se passa com ele, pois têm dificuldade em aceitar seu transtorno como sendo psiquiátrico
– um transtorno real, que pode ser tratado!

- As idas freqüentes aos mais diversos especialistas também devem ser discutidas (essas orientações são também pertinentes ao portador de transtorno de pânico);
- Métodos de relaxamento podem ajudar no alívio dos sintomas relacionados à tensão (cefaléia, dor no pescoço ou costas)

SINTOMAS CONVERSIVOS E QUE DRAMATIZA MUITO
- Alguns clientes costumam fazer um drama em torno do menor problema e da mínima frustração. É freqüente exagerar em suas expressões de alegria e de sucesso, nos relatos das suas vivências e descrição de suas qualidades;
- Quando fica mais ansioso ou vivencia alguma dificuldade maior, pode ter crises de “desmaio” que podem se assemelhar a crises convulsivas;
- Sua atitude é normalmente sedutora, principalmente com o sexo oposto; - Às vezes, diante de frustrações, fica tão irritado que perde totalmente o controle emocional, quebrando coisas, gritando muito e até agredindo pessoas;
- Em relação aos seus dramas e exageros é importante ouvi-lo com compreensão e, depois, confrontar seu relato com a realidade objetiva, para que possa estabelecer a diferença entre esta realidade e os sentimentos que vivencia;
- Seria importante trabalhar junto ao paciente, no sentido e auxiliá-lo a lidar de forma mais adequada frente as suas dificuldades;
- Precisa ser controlado nas suas crises de agitação e atitude sedutoras e protegido do ridículo que às vezes se expõe;
- A respeito dos “desmaios” é importante saber que eles são apenas aparentes, uma vez que o cliente não perde a consciência, o que podemos constatar através das seguintes observações:
- Só desmaia na presença de outras pessoas e nunca quando está sozinho; - Escolhe o lugar para cair a fim de não machucar-se; - Suas pálpebras piscam;
- Seus reflexos estão normais;
- Não apresenta relaxamento dos esfíncteres;
- Seus tremores são coordenados;
- Quando passa a “crise” é capaz de relatar o que ocorreu durante a mesma;

- Nestas ocasiões é preciso entender que o cliente não age assim por estar fingindo. Na verdade, o cliente não está bem, encontrou esta maneira de satisfazer suas necessidades de atenção e aliviar sua ansiedade;
- Naquele momento, não está conseguindo agir de forma mais adequada. Isso precisa ser entendido, porém, de forma alguma reforçado;
- A conduta mais adequada seria a de: retirar a “platéia” e ficar a sós com o paciente;
- Abordá-lo com compreensão, mas também com firmeza, mostrando-lhe que sabemos estar nos ouvindo e que só poderemos ajudá-lo se conversar conosco sobre aquilo que o está afligindo;
- Dar-lhe o tempo que necessita para recuperar-se para após, conversar tranqüilamente sobre o que lhe aflige;
- Mostrar-lhe que existem formas mais adequadas de buscar atenção e alívio para suas ansiedades.

- Um equívoco comum consiste em pensar que uma classificação de transtornos mentais classifica pessoas, quando na verdade o que se classifica são os transtornos que as pessoas apresentam, os quais são geridos pela sociedade. Por esse motivo, o DSM IV evita o uso de expressões tais como: “um esquizofrênico” ou “um alcoólico”, em vez disso, utilizando expressões mais precisas, ainda que claramente mais incômodas, tais como, “um indivíduo com Esquizofrenia” ou “um indivíduo com Dependência de Álcool”.

- Para se desenvolver um Transtorno mental é necessário no mínimo 2 fatores: Disposição pessoal original e agentes ocasionais.

- E para ajudá-lo, muito amor e paciência.



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